Apresentar o primeiro livro de poesia do amigo Carlos Giovani Delevati Pasini, mais conhecido como Giovani Pasini, ou
Giovani Delevati Pasini é uma responsabilidade que ao mesmo tempo me agrada,
mas também assusta.
Agrada, pois o Pasini é um dos intelectuais mais proativos na
literatura e na cultura gaúcha que eu conheço, sendo uma das lideranças do
grupo Kitanda, junto do nosso mestre Valdo Barcelos. Anima, pois o Giovani é um
companheiro alquimista que modifica o ambiente por onde transita, para o bem, transformando
chumbo em ouro[2], o
que é importantÃssimo nos dias de hoje.
Quem conhece o Delevati sabe que ele é multifacetado: militar
(Tenente Coronel do Exército) e professor de literatura brasileira do Colégio
Militar de Santa Maria; membro da Academia Santa-Mariense de Letras, da Casa do
Poeta de Santa Maria e da Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências;
fundador e primeiro presidente da Casa do Poeta de Santiago; integrante dos
grupos de pesquisa Labirintos e Kitanda; ele sabe realizar tudo isso – e ainda
mais – é um grande pai de famÃlia, amado por seus filhos Eduardo e Amanda.
Ao mesmo tempo que apresentar essa obra me agrada, também assusta.
Assombra, pois a literatura também é uma alquimia, uma mágica de letras, em que
o professor de literatura supera o militar; em que o escritor assume a metáfora
de Hermes, o “três vezes grande”, e nos traz as leis milenares do filósofo
egÃpcio e, em conjunto, brinda-nos com seu acalanto poético que orgulhariam
Hermes, Platão, Aristóteles e qualquer pensador clássico ou contemporâneo; ou
mesmo os poetas Fernando Pessoa, Carlos Drummond e o querido Mário Quintana.
O livro “Hermes ama a poesia” é uma coletânea de poesias construÃdas pelo Pasini, ao longo
de sua vida. Apesar de ele tratar a maioria de suas linhas como “poeminhas” ou “poemas”,
referindo-se à estrutura da escrita, fica claro que o autor construiu o seu conhecimento
literário e poético ao longo de anos de estudo, quando o professor de literatura
e o instrutor de cursos literários desenvolveu técnica literária Ãmpar,
percebida objetivamente na qualidade técnica de sua produção.
As literaturas
Santa-Mariense e Santiaguense; as literaturas gaúcha e a brasileira; todas
devem se orgulhar da produção poética que ora temos contato, na posição de simples
leitores; produção que nesse momento sai da gaveta e se encaminha para a historiografia
literária da nossa terra, de nossos pagos e do próprio Brasil.
Parabéns irmão, escritor e poeta!
O teu livro entrará para a historiografia de belÃssima e rara
coletânea de poesias!
Prof. Dr. Elvio de Carvalho
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